Itaipulândia Três meses depois de prender oito dos nove vereadores da cidade, acusados de usar diárias para engordar seus subsídios, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) retornou ontem a Itaipulândia, dessa feita para prender empresários e servidores públicos suspeitos de fraudar licitações.
Na Operação Citrus foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, 13 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento) e nove de busca e apreensão.
Os policiais recolheram documentos e equipamentos na casa e no gabinete do prefeito Miguel Bayerle, nos departamentos Financeiro e de Licitações da prefeitura e em empresas da cidade. Entre os presos estão um irmão e outros dois parentes do prefeito.
A investigação começou em agosto do ano passado e indicou que o grupo direcionava licitações e contratações, atuando principalmente no ramo de obras. As ilegalidades seriam direcionadas, sobretudo, para favorecer a empresa do irmão de Bayerle.
A primeira-dama Diva Bayerle foi autuada em flagrante e levada à Delegacia por posse irregular de arma de fogo. Na casa dela foram encontrados um revólver, munições e uma luneta. Após prestar depoimento, ela pagou fiança de dois salários mínimos e foi liberada.