RIO – Líder em rentabilidade no acumulado do ano, com ganhos de 34,61% (até dia 29), a Bolsa registrou desempenho modesto em setembro, acumulando avanço de 0,78%, próximo do avanço do dólar e abaixo dos rendimentos médios dos fundos de renda fixa puros e fundos DI, que entregaram rentabilidade entre 1% e 1,2%. O mercado acionário foi fortemente impactado pelas oscilações na cotação do petróleo e o debate sobre os juros nos Estados Unidos. Para o mês que vem, devem ser impactados pelo andamento da PEC do teto de gastos e da reforma da Previdência.
? Não houve grandes novidades no Brasil, pois o ajuste fiscal está em compasso de espera. Por isso, o câmbio e a Bolsa oscilaram ao sabor do noticiário externo ? comenta o administrador de investimentos Fabio Colombo.
Os melhores resultados ficaram com os fundos de renda fixa, cujo rendimento é determinado por títulos com juros pré-fixados ? as taxas no Brasil seguem entre as maiores do mundo. O ganho, na média, ficou entre de 1,05% a 1,20%, aponta Colombo, apoiado em dados da Anbima, que reúne as instituições financeiras. Os resultados variam conforme as taxas de administração. A categoria deverá enfrentar volatilidade nos próximos meses, com a perspectiva de queda nos juros, já que os fundos fazem marcação a mercado, que é recálculo do patrimônio quando há oscilação das taxas.
? Seu comportamento dependerá da política de juros do Banco Central e da participação de títulos prefixados e indexados a inflação em suas carteiras.
Os fundos DI, por sua vez, seguem as taxas usadas pelas instituições financeiras nas operações que fazem entre si. O índice é muito próximo da Selic. Com as projeções de queda dos juros, essa categoria pode perder rentabilidade, mas sofre menos com a volatilidade.
Setembro (até 29/09)
Bolsa – alta de 0,78%
Dólar – alta de 0,75%
Fundos RF puros – de 1,05% a 1,20%
Fundos DI – de 1% a 1,15%
CDB – 0,95% a 1,1%
Títulos indexados ao IPCA (NTN-B) – de 0,65% a 0,80%, dependendo do prazo
Poupança – rendimento de 0,66% (para aniversário em 1º de outubro)
IPCA – avanço de 0,2% (projetado)
Acumulado no ano (até 29/09)
Bolsa – alta de 34,61%
Fundos RF puros – alta de 10,65%
Fundos DI – alta de 10,53%
Títulos indexados ao IPCA – alta de 10,44% (indicativo)
CDBs – alta de 10,15%
Poupança – alta de 6,18%
IPCA – avanço de 5,63%
Dólar – queda de 17,73%