Cotidiano

Flexibilização monetária depende de inflação na meta em 2017

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BRASÍLIA – O Banco Central espera que as expectativas de inflação convirjam para a meta para começar a cortar os juros. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou, por unanimidade, manter a taxa básica em 14,25% ao ano. Foi a nona vez em que a cúpula do BC votou pela estabilidade da Selic. Nesta terça-feira, foi publicada a ata da reunião.

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O comitê avalia que uma flexibilização das condições monetárias dependerá de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação nos horizontes relevantes para a condução da política monetária, em particular da meta de 4,5% em 2017.

O Comitê destacou os seguintes fatores domésticos: que a persistência dos efeitos do choque de alimentos na inflação seja limitada; que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica indiquem desinflação em velocidade adequada; e que ocorra redução da incerteza sobre a aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia, incluindo a composição das medidas de ajuste fiscal, e seus respectivos impactos sobre a inflação. O Comitê avaliará a evolução da combinação desses fatores

Já na quarta-feira passada, no comunicado divulgado após o encontro, os diretores ressaltaram que há evidências que a economia já tenha se estabilizado. No entanto, avisam que os juros só começarão a cair quando as projeções de inflação estiverem ancoradas. Assim, não deram certeza se haverá corte no encontro de outubro, mas deixaram a possibilidade no ar. A expectativa é que mais sinais sejam dados na ata.

(Aguarde mais informações)