RIO – Estreante em novelas, o ator Lee Taylor está em destaque nos mais recentes capítulos de “Velho Chico”. Martim, o filho do coronel Afrânio (Antonio Fagundes), sofrerá um atentado. No capítulo desta terça, dia 13, o fotógrafo leva um tiro de Carlos (Marcelo Serrado). O personagem continuará navagendo pelo Rio São Francisco e não ficará claro para o público se ele morreu ou não. Links domingo
O ator vai aparecer na trama até o final, marcado para o dia 30. Com trabalhos engatilhados no teatro, ele ainda não sabe quando fará um novo papel na TV. Nascido em Goiânia, Lee, de 32 anos, começou a estudar teatro no final da década de 1990. E estreou profissionalmente em 2006. O ator conta que já havia sido convidado para outros trabalhos na TV, mas só pode aceitar o convite agora.
A seguir, confira os principais trechos da entrevista:
Primeiramente, de onde vem seu nome?
Meu nome é uma compilação criada pelos meus pais a partir do nome do ator norte-americano do seriado “O homem de seis milhões de dólares”, Lee Majors, e do personagem Taylor, interpretado por Charlton Heston no filme “O planeta dos macacos”.
Como você foi descoberto pelo diretor Luiz Fernando Carvalho?
O Luiz viu algumas peças e filmes que fiz e já havia me convidado para compor o elenco de uma minissérie. A vontade de trabalhar com ele sempre foi recíproca, por reconhecer seu diferencial e sua sensibilidade como artista. No entanto, naquela ocasião, estava em cartaz com um espetáculo, filmando um longa e no meio de uma pesquisa de mestrado. E não pude realizar o trabalho. Agora, o convite para atuar na novela veio em um momento em que me foi possível conciliar teatro e televisão, além de ser uma obra, um personagem e um conjunto de artistas que me deixaram extremamente motivado em participar.
Fazer TV era um desejo seu ou nunca havia pensado nisso até o convite para “Velho Chico”?
Desde 2006, minha estreia no teatro profissional, recebo convites para atuar em minisséries e novelas, no entanto, acabei priorizando o teatro, o cinema, meus estudos e o trabalho na universidade. Além disso, sou ator, mas também sou diretor, pesquisador e professor de teatro e, devido ao ritmo intenso de trabalho nos últimos anos, ainda não havia conseguido me dedicar à televisão.
E com relação ao ritmo televisivo. Como vem enfrentando a maratona de gravações?
Como estou conciliando o teatro e a novela nesse momento, a minha maior dificuldade na televisão está sendo decorar a grande quantidade de texto com a antecedência que considero necessária para um estudo aprofundado e uma elaboração mais sensível da cena.
Onde você mora e o que teve que adaptar na rotina para dar conta da novela?
Moro em São Paulo e toda semana vou ao Rio para gravar. Gravo durante a semana e todos os meus compromissos com o teatro passaram para os fins de semana.
Está em algum projeto paralelo à trama?
Atuo no espetáculo ?Na selva das cidades?, que estava recentemente em cartaz em São Paulo, dirijo um espetáculo de dança e uma peça de teatro que estão na fase final dos ensaios e ministro e coordeno um curso de atuação do Núcleo de Artes Cênicas (NAC), projeto artístico-pedagógico que idealizei em 2013.
Quais os planos para depois de “Velho chico”? Pensa em seguir a carreira televisiva?
Acredito que seja muito cedo para pensar em outros projetos na TV, ainda estou assimilando a experiência.