Cotidiano

Encontro debate triagem neonatal e doenças raras

Terminou nesta sexta-feira (9) a sétima edição do Encontro Paranaense de Triagem Neonatal e Doenças Raras, promovido pela Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional (Fepe), entidade responsável pelos testes de triagem feitos no Paraná, por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Saúde. O encontro aconteceu na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba.

O objetivo do evento foi promover a troca de conhecimento a respeito da triagem neonatal e o diagnóstico de doenças raras, dando oportunidade para discussão sobre os desafios e as perspectivas da saúde preventiva no Paraná. Durante dois dias, profissionais e estudantes da área de saúde acompanharam palestras, mesas-redondas e debates sobre triagem neonatal, abordando bioética, aspectos legais do Teste do Pezinho, diagnóstico de doenças raras, entre outros temas.

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, ressaltou que o Paraná adotou a triagem neonatal nos hospitais do Estado ainda na década de 1980 (Lei Estadual 8.627, de 9 de dezembro de 1987). Apenas em 2001 o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Triagem Neonatal.

“Por meio do convênio com a Fepe, 100% das crianças nascidas no Paraná fazem a triagem gratuitamente, única forma de detectar e evitar determinadas doenças raras, genéticas e hereditárias. Neste ano, ampliamos essa parceria, permitindo que agora o teste possa identificar 11 doenças distintas”, afirmou o secretário.

TESTE

A Fepe é o serviço de referência em triagem neonatal credenciado ao Ministério da Saúde para execução do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Paraná. Segundo a pediatra da Secretaria da Saúde, Iolanda Maria Novadzki, uma das especialistas convidadas para o encontro, no caso do teste do pezinho são coletadas apenas algumas gotas de sangue do bebê, normalmente 48 horas após o nascimento.

O material é então analisado, o que permite a identificação de diversas doenças hereditárias ou raras, como a fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, entre outras. “A triagem neonatal permite que as doenças pesquisadas sejam diagnosticadas precocemente e sejam evitadas consequências graves. Este tema precisa ser continuamente debatido em todos os setores envolvidos na promoção da saúde da criança", disse Iolanda.