BRASÍLIA – Preocupado com a falta de mobilização da defesa do ex-presidente Lula, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, começou uma campanha em suas páginas nas redes sociais, conclamando militantes e ativistas a fazerem ?um ato monstro?. A ideia é ocupar Curitiba a partir do dia 1º de maio, para impedir, a força, uma eventual tentativa de prisão do petista durante seu depoimento, dia 3, ao juiz Sérgio Moro. Pimenta lamenta que apesar de ser o maior líder popular da esquerda, a defesa de Lula é muito fraca, ?o pessoal não se mexe, não faz uma campanha?.
No vídeo publicado nas redes, Rui Costa Pimenta sugere que a CUT transfira os atos do Dia do Trabalho para Curitiba, para que ?100 mil? guarda-costas impeçam ?o vigarista? de prender Lula. Ignorando o artigo 286 do Código Penal que prevê detenção de três a seis meses ou multa pelo crime de incitar, publicamente , a prática de crime, o presidente do PCO lança a palavra de ordem: ocupar Curitiba e não deixar prender Lula.
?Não podemos baixar a cabeça diante de um vigarista que trabalha visivelmente para as grandes potências estrangeiras, criar um verdadeiro tribunal de exceção e prender o principal dirigente popular do País. Quer a gente concorde ou não, como é o caso da gente, que não concorda com muita coisa que ele fala, não se pode deixar prender o principal dirigente do PT, sem falar no Delúbio, Dirceu, Vaccari, tem que se exigir a libertação dessa gente?, conclama o dirigente operário no vídeo que está sendo replicado nas páginas de ativistas da esquerda nos últimos dias.
No vídeo Rui Costa Pimenta diz que há ?uma ameaça muito grande? na ida de Lula a Curitiba para depor perante o juíz Sérgio Moro, no próximo dia 03 de maio.
?O juiz Sérgio Moro chamou Lula a Curitiba mais ou menos com a seguinte intenção: se der, eu prendo?, diz Costa Pimenta na análise política da semana. Diz não ser redundante enfatizar que a prisão de Lula será o sinal de largada para um ataque generalizado e frontal as forças de esquerda no Brasil. Diz ainda que uma coisa é prender uma figura secundária, mas é inadmissível a prisão de Lula.
?Não devemos esperar por uma reação popular espontânea . A nossa palavra de ordem o que é? Organizar caravanas de todo País, organizar um ato monstro em Curitiba. As pessoas devem cercar Lula, precisa ter 50, 60, 100 mil guarda-costas, mas ninguém deve chegar nem perto dele. A palavra de ordem tem de ser: não vai prender!?, orienta o presidente do PCO.