LONDRES ? Dezenas de mulheres se reuniram na Ponte de Westminster, na tarde deste domingo, para homenagear as vítimas do ataque terrorista em Londres da última quarta-feira. A iniciativa, organizada por membros da Marcha das Mulheres da capital britânica, consistiu em uma vigília de cinco minutos, em que mulheres das mais variadas origens e estilos deram as mãos no local da trágedia.
Várias optaram por vestir a cor azul, em sinal à paz. Mesmo breve, a homenagem fez turistas e londrinos pararem a rotina para se juntar ao movimento. Os que precisaram seguir seu caminho, ao menos, respeitaram o silêncio. Ao fundo, soava apenas uma gaita.
Na visão de Rev Anna Macham, uma das mulheres a dar as mãos na ponte, o momento significou a união de Londres após a cena de terror. Ela decidiu se unir ao movimento logo que soube da ideia por uma amigo muçulmano.
“Fiquei tão chocada com os acontecimentos desta semana. Queria estar ao lado das minhas irmãs muçulmanas e mostrar que o que nos une é maior do que o que nos divide”, contou ao “Guardian”.
Para Kerena Sheath, dar as mãos em silêncio no mesmo local do ataque era resistir ao medo. Algo bonito, ela ressaltou, que saía de um momento “tão horrível”.
“Esse homem quis nos dividir. Juntando as mãos, nós estamos literalmente fazendo o oposto do que ele quis. Isto é Londres, e não vão nos mudar”, explicou a jovem ao diário britânico, em referência a Khalid Masood, autor do atentado.
MUÇULMANAS CONDENAM ATAQUE
A comunidade islâmica compareceu em peso à vigília deste domingo. A ideia era reforçar os laços de união e de solidariedade com a capital britânica, dias depois de um muçulmano radical deixar quatro vítimas no coração turístico e político da cidade.