Cotidiano

Em 2008 lago foi fechado

Há exatamente 10 anos, a morte de um macaco no Lago Municipal de Cascavel provocou o fechamento do espaço público já que naquele período também houve um surto de febre amarela no Brasil. Segundo Griep, apesar do alerta não há motivos para o fechamento do espaço público. "Inicialmente, trata-se de um caso isolado e não temos registros de febre amarela urbana”, observa. Ele ressalta, no entanto, que a medida pode ser alterada. “Obviamente que tudo pode se modificar a despeito dos resultados desta amostra ou do monitoramento realizado pela equipe de Vigilância em Saúde Ambiental”, diz.

Em janeiro de 2008, as autoridades sanitárias optaram em fechar o lago preventivamente, mas o caso de febre amarela no macaco não se confirmou. Na época, a equipe brasileira de canoagem que se preparava para a Olimpíada de Pequim e usava como base o Lago Municipal precisou procurar outro local para os treinos. A interdição durou cerca de um mês.

Animais domésticos

Uma das recomendações da Secretaria Municipal de Saúde é para que a população que costuma passear no Lago Municipal de Cascavel evite levar animais domésticos ao local. “Enfatizamos que as pessoas evitem de transitarem no lago com animais domésticos, até porque também podemos ter a ocorrência de febre maculosa e outras doenças", diz Ruben Griep.

Na tarde de terça-feira, feriado de Carnaval, a equipe do Hoje News esteve no lago e encontrou vários cães que estavam com seus donos. Um deles, inclusive, dentro do lago em cima de uma prancha que era conduzida pelo seu tutor.

Caso importado

O Paraná tem um caso importado de febre amarela, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, mas não registrou casos autóctones – contraídos dentro do próprio estado. Até o dia 8 de fevereiro foram notificados 57 casos suspeitos, mas a secretaria não divulga as regiões das notificações. Segundo a Secretaria, apenas se o caso for confirmado será divulgado o local.

Rubens Griep diz que o monitoramente também é feito no Município de origem onde estas pessoas circularam. "É preciso lembrar e considerar também que temos uma população que viaja neste período. E isso exige um monitoramente ainda maior", completou.

Controle de focos

De acordo com Beatriz Tambose, diretora de Vigilância em Saúde, o momento é de trabalhar no combate dos focos de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Um dos maiores problemas enfrentados pelas equipes de agentes são as residências fechadas.

Quando isso acontece, um comunicado é deixado na casa para que entrem em contato com a Secretaria de Saúde para marcar a inspeção no imóvel. Em casos mais extremos, as equipes podem fazer a entrada forçada com auxílio de força policial. Isso já ocorreu, mas são casos isolados. “A população precisa ser nossa aliada nesse processo de combate ao vetor e não a gente ter cada um de um lado”, diz Beatriz.

98 mortes

Balanço do Ministério da Saúde divulgado na quinta-feira (7) atualizou em 353 o número de casos confirmados de febre amarela e em 98 os óbitos provocados pela doença entre 1º de julho de 2017 e 6 de fevereiro deste ano em todo o País. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos.

De acordo com o boletim, foram notificados em todo o país 1.286 casos suspeitos de febre amarela, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação.