RIO – A economia brasileira encolheu pelo segundo ano seguido em 2016, desta vez 3,6%, e o Brasil vive a pior recessão em 35 anos. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta terça-feira. Em 2015, a queda foi um pouco maior, de 3,8%. No quarto trimestre do ano, a economia caiu 0,9% em relação ao trimestre anterior.
A mediana das previsões dos economistas e analistas ouvidos pela Bloomberg era de queda de 3,5% no ano e de 0,5% no último trimestre de 2016. Para 2017, no entanto, as perspectivas são um pouco melhores. Economistas ouvidos pelo GLOBO apostam que o nível da atividade deve ficar entre a estabilidade e uma alta que pode chegar a 0,7%.
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Todos os setores da economia tiveram queda em 2016. A maior perda pelo lado da oferta foi na agropecuária, de 6,6%. Pelo lado da demanda, o pior desempenho foi de investimentos, com recuo de 10,2%.
O PIB per capita teve queda de 4,4% em termos reais, alcançando R$ 30.407 em 2016. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano.
Pela ótica da oferta, em 2016, recuaram a agropecuária (-6,6%), a indústria (-3,8%) e os serviços (-2,7%). O mau desempenho da agropecuária em 2016, de acordo com o IBGE, decorreu,principalmente, da agricultura. Na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceu 4,7% em relação a 2015. A indústria de transformação teve queda de 5,2% no ano. A construção sofreu contração de 5,2%, enquanto que a extrativa mineral acumulou recuo de 2,9%, influenciada pela queda da extração de minérios ferrosos.
Dentre as atividades que compõem os serviços, transporte, armazenagem e correio sofreu queda de 7,1%, seguida por comércio (-6,3%), outros serviços (-3,1%), serviços de informação (-3,0%) e intermediação financeira e seguros (-2,8%). As atividades imobiliárias variaram positivamente em 0,2%, enquanto que a administração, saúde e educação públicas (-0,1%) ficou praticamente estável em relação ao ano anterior.
Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 1,9%, enquanto que as importações de bens e serviços caíram 10,3%.
(*Estagiária sob supervisão de Daiane Costa)