BRASÍLIA – A dívida pública federal encerrou o mês de junho em R$ 2,958 trilhões. O número representa um aumento de 2,77% em relação ao mês anterior, quando o estoque era de R$ 2,878 trilhões. A alta foi puxada por um aumento do estoque da dívida interna de 3,41%, em razão de uma emissão líquida de R$ 62,4 bilhões e apropriação de juros no valor de R$ 31,3 bilhões. A valorização do real frente ao dólar fez com que a dívida externa recuasse 10,34%.
A maior parte dos títulos da dívida pública está nas mãos de instituições financeiras (23,65%) e de fundos de previdência (23,57%). O número de estrangeiros que possuem papéis brasileiros continua caindo e representaram, em junho, 16,41% do total.
Os títulos prefixados ? que tem taxas de juros fixadas no momento da compra ? representam a maior parte dos papéis da dívida, 36,30%. Os vinculados a índices de preços, como à inflação, são 33,7% do total e os atrelados à taxa flutuante (Selic) são 25,75%. Todos estão fora do intervalo previsto para o ano pelo Plano Anual de Financiamento (PAF).
A estimativa do Tesouro é que os prefixados representem entre 31% e 35% do total; índice de preço entre 29% e 33% e taxa flutuante entre 30% e 34%. Os técnicos do órgão garantem que, até o fim do ano, os números irão convergir para os intervalos do PAF.
O percentual de títulos que vencem nos próximos 12 meses ? um dos indicadores de qualidade da dívida ? teve um leve aumento: passou de 20,40% em maio para 20,44% em junho. O prazo médio, outro indicador de qualidade, teve desempenho positivo e caiu de 7,04 anos para 7,01 anos. O custo médio acumulado do estoque nos últimos 12 meses decresceu de 14,25% ao ano em maio para 13,80% em junho.