BRASÍLIA – Partiu da presidente afastada Dilma Rousseff o pedido para que seus aliados tentam separar em duas a votação do impeachment. A petista busca manter, pelo menos, seus direitos políticos e a habilitação para ocupar cargos públicos. O destaque pedindo para que a votação seja dividida em duas perguntas será apresentada pelos senadores Kátia Abreu (PMDB-TO) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na semana passada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi consultado pelos dilmistas. O peemedebista disse, na oportunidade, ter dúvidas sobre este encaminhamento jurídico e recomendou que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, fosse consultado. Preliminarmente, em reunião com líderes, ele teria dito que não é possível.
De qualquer forma, os aliados de Dilma tentarão garantir isso na abertura da sessão desta quarta-feira.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, está otimista que a perda de direitos políticos da presidente Dilma Rousseff não seja aprovada.
? Acreditamos que eles não terão 54 votos para aprovar a perda dos direitos da presidenta. Seria um castigo desproporcional, além do seu afastamento. Sem direitos políticos ela não poderá ocupar um cargo público, receber recurso de estatal, disputar um novo mandato e nem dar aula numa universidade ? disse Costa.