Desafio é diagnosticar e cuidar de quem está em situação de vulnerabilidade

Empresa pública de direito privado que chegou a ter a viabilidade questionada durante o período de transição de governo, a Cohavel comprovou, ao longo desses primeiros seis meses de 2017, que tem papel importante não apenas para o governo municipal, mas também para a sociedade, uma vez que "o olho do Paranhos detectou que a Cohavel tem o papel de cuidar das pessoas menos favorecidas, que não têm condições de alcançar as faixas atendidas pelas demais entidades que trabalham com habitação no Município, como a Caixa e a Cohapar", conforme explicitou na Escola de Governo desta manhã (20) – que foi conduzida pelo presidente da Companhia de Habitação de Cascavel, Nei Hamilton Haverot – o vice-prefeito e secretário de Serviços e Obras Públicas, Jorge Lange. Ele representou o prefeito no encerramento da escola.

Leonaldo Paranhos cumpre agenda desde ontem (19) em Brasília, e convocou os servidores ontem a participar, como já é tradição, da ação que visa ao engajamento de toda a equipe de governo nos assuntos da administração municipal.

Segundo Lange, nesses seis meses a Cohavel comprovou por meio de um "excelente trabalho" que tem importância para o Município e vai continuar recebendo "nosso apoio para continuar existindo, porque tanto na visão do prefeito Paranhos como na minha visão, está fazendo um trabalho importante de socorro às secretarias e, agora terá um papel fundamental no Plano de Habitação, encaminhando as famílias que precisam de um lar e não têm acesso às linhas de financiamento existentes".

Déficit

Haverot explicou que uma das bandeiras da Cohavel para os próximos meses é justamente a de levantar o déficit habitacional no Município por faixa econômica e competirá à Companhia cuidar das famílias em maior situação de vulnerabilidade, visando à humanização. "Precisamos de forma urgente atender essas famílias, porque não podemos ficar aguardando um projeto federal. O Município precisa agir e dar condições de moradia, para que elas tenham dignidade e se sintam valorizadas enquanto cidadãos. Este é o nosso maior desafio".

Plano de Habitação

Visando identificar o déficit habitacional no Município para traçar um planejamento que avance na política habitacional, a Cohavel trabalha na elaboração de um Plano de Habitação para o Município, em parceria com a Secretaria de Planejamento e Urbanismo, que segundo Ney Haveroth, deve ser concluído até o fim deste ano.

Paralelamente, irá contratar uma empresa que forneça um programa que facilite o cadastro de todas as pessoas que estão buscando uma moradia em Cascavel, de forma a subdividir os inscritos por categoria. "O foco da Cohavel será cuidar das pessoas que os agentes financeiros não estão conseguindo alcançar ou aquelas que nem sequer sabem que têm direito de serem atendidas e separar um público próprio para a Companhia atender, com níveis e faixas que comprovem a realidade, conforme o prefeito nos pediu e ter um cadastro direcionado".

Regularização fundiária

Além de promover a moradia, a Cohavel tem papel fundamental, junto com a Seplan, de promover a regularização fundiária em Cascavel. Desde janeiro, atua na regularização do Loteamento Melissa, do Bairro Brasmadeira, que tem 438 unidades. Cinquenta por cento dos trabalhos já foram concluídos. Foram elaborados 168 contratos de compra e venda em até 120 meses para pagamento e entregues 114 autorizações para escritura para os imóveis quitados.

Também está em fase de regularização o Loteamento Rivadávia (Morumbi I e II, Consolata e Caiobá), com 110 moradias, sendo que o Morumbi I está no cartório para subdivisão de área.

No Araucária/Interlagos, são 337 unidades em processo de regularização. Aqui o processo está na fase de elaboração final do projeto para aprovação e, em seguida, será encaminhado ao Cartório para subdivisão da área.

Foram realocados ainda duas famílias que estavam em área de risco (servidão da Copel).

Territórios – papel fundamental

A Cohavel teve papel fundamental também na implantação dos Territórios. No Cascavel Velho, por exemplo, transformou a antiga biblioteca em sede do Território Cidadão I, fez a reforma do Provopar e em 30 dias tornou realidade o projeto de implantação da UPS (Unidade Paraná Seguro) Sul, revitalizando o prédio da antiga Afuvel, no Bairro Universitário, "tornando possível o que alguns nos disseram que só seria viável com oito meses", lembrou Jorge Lange.

Demais ações

Na sede da Companhia e do almoxarifado foram realizadas melhorias e organização nos espaços internos e externos e os colaboradores participaram de reuniões de motivação e integração. Foram realizados processos licitatórios no sistema Registro de Preços para aquisição de materiais de construção com economia de R$ 75.200,63, ou seja, 28% do valor inicial.

Neste mês de junho – de 21 a 23 – será realizado um treinamento compartilhado entre Cohavel, Cettrans e Emdur, referente à Lei 13.303/16, um novo marco regulatório das empresa estatais.