SÃO PAULO – A defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht desistiu de arrolar a ex-presidente Dilma Rousseff como sua testemunha de defesa. Ela deveria ser ouvida pelo juiz Sérgio Moro por vídeoconferência na manhã da próxima sexta-feira, na ação em que Odebrecht responde por corrupção e lavagem de dinheiro junto com o ex-ministro Antonio Palocci, seu ex-assessor Branislav Kontic, além de outras 12 pessoas.
Em petição à Justiça Federal de Curitiba, os advogados do empreiteiro também abriram mão da convocação do Roberto Prisco Paraíso Ramos, ex-executivo da Odebrecht. Ramos firmou acordo de colocaboração premiada junto à Justiça.
A Lava-Jato afirma que o ex-ministro usava de sua influência no cargo para beneficiar a empreiteira. Nesta ação, o empresário é acusado de ter repassado a mando de Palocci recursos no exterior para o marqueiteiro João Santana. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-ministro movimentou uma conta do PT superior a R$ 100 milhões.