Cascavel – A Comissão Técnica de Ovinocultura da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) se reuniu ontem no último dia do 2º Show Pecuário e, entre os temas discutidos, estiveram os custos de produção da cadeia e o sistema conhecido como PDOA (Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate). O encontro aconteceu no auditório da Rural Leite, no Parque de Exposições Celso Garcia Cid, em Cascavel.
O responsável pela apresentação dos custos de produção foi o doutorando em zootecnia pela Universidade Federal do Paraná, Elísio de Camargo Debortoli. Ele e seus colegas vêm realizando há dois anos um estudo pelo Paraná dos custos de produção da categoria. Mais de 25 propriedades foram visitadas e mais de sete mil quilômetros foram rodados pelos pesquisadores. Segundo ele, os resultados são animadores.
A ovinocultura tem um excelente potencial. Ela é uma importante alternativa para diversificação, especialmente em sistemas de integração lavoura-pecuária, disse.
Ele explicou que a criação de ovinos não concorre com a suinocultura e a avicultura, uma vez que elas dependem da produção de grãos, que estão bastante valorizados no mercado. Para os ovinos, basta um pasto e uma suplementação mineral.
O estudo também levantou que são abatidas 30 mil carcaças por ano dentro das cooperativas. No entanto, entre 80% e 90% dos abates de ovinos no Paraná ainda são clandestinos, ou seja, o próprio produtor mata e vende no mercado, geralmente para vizinhos, amigos ou parentes.