RIO ? “Crime e castigo”, de Fiódor Dostoievski é um dos livros mais lidos pelos detentos do Sistema Penitenciário Federal. Publicada originalmente no século XIX, a obra conta a história de um jovem que comete um assassinato, mas acaba consumido pela culpa.
O clássico explora a visão de mundo do jovem Raskólnikov, e como sua consciência fala mais alto que suas teorias sobre o desenvolvimento da sociedade e o seu lugar nelas.
Outras obras do ranking são “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago, e “Através do espelho”, de Jostein Gaarder.
Entre os livros nacionais, estão “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, “Sagarana” e “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa. Para ganharem o benefício, os detentos precisam resenhar os livros.
Como parte de um programa de fomento a leitura nos presídios de segurança máxima do Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte e de Rondônia, a cada livro lido, os presos são recompensados com quatro dias de redução da pena.
Os presos têm até 30 dias para ler cada obra e podem participar 12 vezes do projeto a cada ano, reduzindo até 48 dias da pena anualmente.
Desde 2010, 6.004 resenhas foram escritas. Para garantir a redução na pena, a resenha é avaliada sob critérios como caligrafia e limitação ao tema exposto. Dos textos entregues, 5.383 foram aprovados pela equipe pedagógica, composta por pedagogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. As informações são da “Agência Brasil”.