BOGOTÁ – A polícia colombiana afirmou que a jornalista espanhola Salud Hernández foi libertada pelo Exército de Libertação Nacional (ELN) numa área de selva. O sequestro da correspondente do “El Mundo” e do “El Tiempo” havia mobilizado o país contra a guerrilha, com quem mantém conversas de paz. ELN Salud
De acordo com o prefeito de El Tarra, onde ela sumiu no sábado passado, Salud reapareceu numa rua da cidade de Ocaña e foi trasladada a Cúcuta, também perto da fronteira venezuelana. Outros dois jornalistas raptados pelo grupo quando cobriam seu caso, Diego D?Pablos e Carlos Melo, continuam desaparecidos.
Salud desapareceu no último sábado enquanto fazia uma reportagem sobre o cultivo de folhas de coca. Os dois jornalistas colombianos do canal de televisão RCN, que também viajaram à região para cobrir o desaparecimento, forem raptados na segunda-feira pelos rebeldes da ELN, disseram autoridades militares colombianas.
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Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse que o país estava atento às buscas e estaria tomando medidas para encontrá-la. Mas como Salud também tem cidadania colombiana, a responsabilidade pelas buscas recai principalmente sobre o governo do país. O governo enviou uma equipe de combate a sequestros para a região, apesar de não confirmar oficialmente que o desaparecimento se tratou de um rapto.
O governo e o ELN, que tem cerca de 2000 combatentes, acertaram no final de março o início de um diálogo de paz como parte dos esforços para acabar com um conflito de mais de meio século que deixou 220.000 mortos. No entanto, o presidente Juan Manuel Santos condicionou o início das negociações à suspensão dos sequestros e ataques contra oleodutos.
