Cascavel O superintendente paranaense do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), José da Silva Tiago, falou com todas as letras uma frase que de uma vez por todas encerra dúvidas sobre o que é melhor para a solução de um dos maiores e mais antigos gargalos rodoviários do Paraná. A saída para o Trevo Cataratas é a construção do Contorno Norte, afirmou Tiago em encontro com líderes do setor produtivo de diversos municípios da região. A dúvida, que chegou a motivar embates calorosos, era sobre o que seria melhor e mais prático: a construção do Anel Viário de Cascavel, formado por contornos, ou construir viadutos no trevo.
Técnico de mão cheia e respeitado pelas suas decisões e atitudes administrativas, Tiago informou que a correção do gargalo passa pelas obras do Contorno Norte e que a região precisa se unir para conseguir dinheiro para a obra. O superintendente emprega a praticidade e a racionalidade para defender o argumento. Os custos estimados para a construção das estruturas necessárias para desafogar e melhor orientar o tráfego no Trevo Cataratas chegariam aos R$ 60 milhões. Por outro lado, a implantação do Contorno Norte exigiriam somente um pouco a mais, na casa dos R$ 80 milhões, e essa se apresentaria como uma solução definitiva para um dos mais movimentados entroncamentos rodoviários do Sul do País.
Anteprojeto
Técnicos do Dnit já trabalham na elaboração de um anteprojeto do contorno. Ele sairia do Contorno Oeste em direção às BRs-467, 369 e então chegaria à 277, nas proximidades da Ferroeste. Com essa conexão, veículos e caminhões em trânsito oriundos ou com destino ao Sudoeste, Noroeste, Norte e Sul do Paraná, bem como ao Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina se utilizariam do anel em vez de se concentrar no Trevo Cataratas e então seguir pela rota desejada. Haveria substancial economia de tempo, dinheiro e melhor direcionamento desse tráfego, conforme o presidente da Acic, Alci Rotta Júnior, que participou da reunião com José da Silva Tiago.
Diante da exposição do superintendente, a expectativa é de que entidades organizadas e líderes do Oeste passem a centralizar forças na busca de recursos para o Contorno Norte. Com a viabilização dele, estão faltará apenas o Sul, entre as rodovias 277 e 163, para que o Anel Viário, com reflexos diretos a toda a região, esteja concluído. O Trevo Cataratas tem mais de 40 anos e recebe cerca de 30 mil veículos diariamente, provenientes das BRs-277, 369, 467 e da PR-180. Ele é um dos poucos do País que, para reduzir riscos e orientar com mais segurança os motoristas, é dotado de um sistema formado por semáforos.