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Conselhos vão organizar e otimizar investimentos

A função deles é de refletir, priorizar ações, contribuir e otimizar a aplicação e os resultados do dinheiro público

Palotina – Ganha força nos meios organizados consenso de que o próximo salto de desenvolvimento do País, que o libertará das amarras da política imediatista, passa pelo envolvimento da sociedade nas questões de interesse coletivo. O projeto de construção de uma nação na essência do termo, cidadã, democrática e próspera, exige o compartilhamento de responsabilidades. Os conselhos de desenvolvimento se mostram como alavancas desse novo processo. A função deles é de refletir, priorizar ações, contribuir e otimizar a aplicação e os resultados do dinheiro público.

Sete conselhos estão em processo de estruturação no Oeste, alguns já com resultados práticos de sucesso e outros em fase inicial de sensibilização. “O importante é que mais pessoas entendem a urgência de trabalhar com planos de estado e não de governo”, diz o vice-presidente da Caciopar e um dos idealizadores do Codefoz, em Foz do Iguaçu, Danilo Vendrúsculo. Todos tomam como referência o Codem, de Maringá. Constituído há 20 anos, ele ajudou a transformar a realidade de um município que virou manchete nacional devido a escândalos e corrupção que surrupiaram milhões do dinheiro do contribuinte.

A proposta dos conselhos não é de dividir e muito menos de ofuscar o poder público. Pelo contrário, a função é de se apresentar como instrumento de apoio que possa, pelo planejamento e participação, ampliar as perspectivas de sucesso do futuro econômico e social do município, costuma afirmar o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel, Edson José de Vasconcelos. Além de Foz e Cascavel, outros estão em estruturação em Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Santa Helena, Medianeira, Palotina e Quedas do Iguaçu.

“Não podemos ter medo de optar pelas ações com foco no bem-comum, porque o tempo se encarregará de mostrar quem são os nossos verdadeiros aliados. E isso não ocorre de uma hora para outra, exige trabalho, dedicação e muita perseverança”, diz Danilo. Em Foz, o Codefoz conseguiu mostrar ao governo federal a urgência de priorizar a revitalização da Ponte da Amizade, o que ocorreu depois de 50 anos de inauguração da estrutura. A obra recebeu R$ 10 milhões e foi entregue há poucas semanas.

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Mapeamento

Outras quatro comunidades da região passam a se mobilizar com interesse de contar com seus conselhos de desenvolvimento. Líderes de Assis Chateaubriand, Guaíra, Jesuítas e Nova Aurora começam a dar os primeiros passos de um projeto de perfil suprapartidário e que envolve técnicos e especialistas das mais diversas áreas. Democraticamente, debatem e consensuam sobre os projetos que poderão conduzir o município por sendas mas prósperas.

A Caciopar passa a mapear quais são as cidades que queiram constituir seus conselhos. A primeira das etapas é a da sensibilização, seguida pela elaboração de projeto de lei, discussão e aprovação na Câmara e então pela sanção por parte do prefeito. A sociedade definirá na sequência as formas de custeio, planejamento e metas que deverão ser priorizadas. A articulação envolve todos em um interesse comum, de trabalhar e de se doar por um futuro melhor, mais justo e próspero a todos, conforme diz o presidente da Caciopar, Leoveraldo de Oliveira.

 

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