Olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada são os sintomas da conjuntivite, inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a esclera, da parte branca dos olhos e a face interna das pálpebras.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, a doença tem incidência o ano todo, mas é no verão, com água contaminada das piscinas e das praias, excesso de filtro solar e compartilhamento de teclados em empresas, que facilita o aumento de casos.
Ele explica que a conjuntivite pode ser viral, bacteriana, alérgica ou tóxica, com sintomas bastante semelhantes, mas tratamentos diferentes. O problema é que 30% dos brasileiros costumam se automedicar, hábito que chega a 40% no verão, conforme levantamento feito pelo oftalmologista.
O profissional afirma que para que para cada tipo de conjuntivite tem um tratamento diferente e usar a medicação errada pode mascarar a doença e provocar danos mais graves. Por exemplo, o contato dos olhos com excesso ou falta de cloro nas piscinas e água contaminada do mar, além do excesso de protetor solar na região dos olhos, pode causar três tipos de conjuntivite: viral, bacteriana, alérgica ou tóxica.
Tratamentos
Queiroz Neto ressalta que o problema é que os sintomas da conjuntivite alérgica – frequentemente causada pela penetração do filtro solar nos olhos – e da viral são idênticos: coceira, olhos irritados, fotofobia e visão borrada e secreção aquosa.
Mas a alérgica pode ser tratada com colírio anti-histamínico e para conjuntivite viral é indicado o uso de colírio anti-inflamatório. Nos dois casos é recomendada a aplicação de compressas frias para aliviar os sintomas
Já a conjuntivite bacteriana provoca uma secreção amarelada. O especialista diz que o tratamento é feito com colírio antibiótico também por uma semana.
O oftalmologista ressalta que o uso prolongado de colírio anti-inflamatório é perigoso porque geralmente contém corticoide, que aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma.
Por outro lado, adverte, o uso indiscriminado de antibióticos pode causar resistência da bactéria à medicação o que dificulta a cura.
Prevenção
O médico afirma que a conjuntivite viral e a bacteriana são altamente contagiosas e podem ser contraídas até na alça dos carrinhos de supermercado, corrimãos de escadas de locais públicos e compartilhamento de teclados nas empresas.