Muito antes da inauguração, o Conjunto Riviera em Cascavel já era alvo de polêmicas. A primeira delas por conta da suspeita de irregularidades no sorteio de moradias e atraso na entrega das chaves às famílias.
Com o impasse resolvido e já em novo lar, os moradores contemplados pelo Programa Minha Casa Minha Vida foram informados sobre a possível taxa de condomínio e isso não agradou a maioria.
A princípio houve rumores de que o valor chegaria a R$ 120, quase três vezes maior do que a parcela da casa de muitas famílias. Os preços variavam entre os blocos do conjunto que reúne 2.089 moradias e 59 síndicos.
O descontentamento com tal cobrança foi parar no Ministério Público e as empresas contratadas pela Caixa Econômica Federal para administração do Riviera foram orientadas a rever esse processo.
“A partir de agora, novas reuniões deverão ser realizadas com cada um dos 59 síndicos para a definição em conjunto de moradores de uma nova taxa”, afirma o presidente da Associação de Moradores do Riviera, Adão Soares Santos.
Ele comenta que essa medida será necessária diante da definição por parte de alguns síndicos de um valor abusivo. “Se a taxa for alta algumas famílias não terão condições de pagá-la e voltarão a viver de aluguel”, cita.
Padrão
O presidente da associação acredita que o valor poderia ser padronizado entre todas as moradias. “A taxa de R$ 30 seria justa e suficiente para pagamento de síndicos, que receberiam R$ 10 por moradia, reseva do condomínio e despesas com escritório e contabilidade”.
Em nota a Caixa Econômica Federal somente informa que a cobrança de condomínio ocorre na forma da lei em qualquer empreendimento. “Cada condomínio tem uma taxa mensal definida de acordo com os gastos mensais, que são relativos às despesas recorrentes aprovadas em assembleia”, afirma.
Síndicos
Morador do Riviera, Vagner Raphael Farias, comenta que a escolha de alguns síndicos também tem sido questionada. “O condomínio é legal e não pode ser derrubado, mas a eleição de síndicos que ocorreu por minorias pode ser impugnada nas próximas reuniões se assim os moradores decidirem”, afirma.