RIO – O dólar comercial abriu em alta e vale R$ 3,407 nesta terça-feira, com valorização de 0,62%, seguindo a tendência internacional ? globalmente, é pressionado pelo recuo nos preços do petróleo ? e sem intervenções do Banco Central no mercado. Ontem, a moeda fechou a R$ 3,386, com depreciação de 0,82%. A Bolsa de Valores de São Paulo abriu o pregão em queda, e o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, opera com declínio de 0,83%. Na véspera, o mercado brsileiro teve alta de 2,11%.
“O petróleo é a principal referência nesta sessão e, depois de meses, finalmente amanhã sai uma decisão sobre a produção”, comentou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.
Os preços do petróleo caíam nesta sessão com sinais de que os principais exportadores de petróleo estavam tendo dificuldades para chegar a um acordo para cortar a produção para reduzir o excesso de oferta global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reunirá na quarta-feira em Viena, com o objetivo de implementar um acordo, previsto em setembro, para reduzir a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia, de cerca de 33,82 milhões de bpd em outubro.
No exterior, o dólar subia ante moedas emergentes nesta manhã, com destaque para o rand sul-africano e os pesos chileno e mexicano.
“Há nervosismo com a reunião da Opep, porque as pessoas não acreditam muito nas chances de um acordo, mas há também desconforto com a situação política (brasileira)”, comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.
Está prevista para a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos em primeiro turno no Senado. A votação ganhou ainda mais importância porque pode sinalizar se o governo conseguiu estancar a crise política que na semana passada respingou no presidente Michel Temer e levou à demissão de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo.
O BC, por enquanto, novamente não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial.