Cotidiano

Com Dow a 20 mil pontos, vendedores de boné comemorativo lucram nos EUA

WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou no Twitter sua satisfação pelo recorde do índice Dow Jones Industrial Average, que superou o nível de 20 mil pontos nesta quarta-feira pela primeira vez na História. Mas não foi apenas o chefe de Estado que comemorou o marco. Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, o novo patamar do Dow ainda fez a alegria de dois fabricantes de chapéus Nicholas Tyburski e Jeff Coons, de Bella Vista, no estado de Arkansa, .

Já no início de dezembro, a dupla começou a oferecer bonés vermelhos com a inscrição “Dow 20.000” no eBay. Assim que o índice bateu esse patamar, os pedidos começaram a chover. Pouco após 12h (horário local, 15h em Brasília), Tyburski disse que já recebia cerca de 100 encomendas a cada cinco minutos. Os pedidos vinham até de outros países, como Austrália, Suécia, Malásia e Inglaterra.

No dia 6 de janeiro, o Dow já havia se aproximado da marca histórica, ao encerrar aos 19.999 pontos. Mas, desde então, o índice vinha lutando para voltar a esse patamar, com os investidores à espera de uma definição das estratégias do novo governo.

Foram 42 pregões entre o primeiro fechamento acima de 19 mil e o novo patamar. Não se via um avanço tão rápido desde o auge da chamada bolha pontocom ? entre 29 de maio e 3 de maio de 1999, ou seja, em apenas 24 pregões, o Dow passou de 10 mil para 11 mil pontos. Para ir dos 18 mil aos 19 mil, o índice demorou 483 sessões.

A mensagem de Trump na conta oficial da Presidência dos Estados Unidos na rede social foi curta, mas direta: “Grande!#Dow20K”.

O desempenho positivo do índice se deve as medidas anunciadas por Trump desde sua posse, na sexta-feira. As ações decretadas por ele foram consideradas favoráveis às empresas, como redução de regulações e a liberação para a construção de dois polêmicos oleodutos, que haviam sido suspensos por Barack Obama devido a preocupações ambientais.

Criado em 1896, o Dow Jones já acumula valorização de 9,5% desde a eleição de Trump, de acordo com o jornal britânico “Financial Times”.