SÃO PAULO – O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) fechou um acordo amigável com o Bradesco e livrou sua Laborghini Aventador do risco de apreensão, após atrasar o pagamento de parcelas de um financiamento feito com o banco para comprar o carro, em 2014, por R$ 3,2 milhões. O acordo aparece em processo que o banco movia contra uma empresa de Collor que tomou o financiamento, a Água Branca Participações.
“O banco exequente notícia que o débito objeto desta demanda foi objeto de composição amigável. Assim, houve carência superveniente.Não há mais interesse processual para justificar o prosseguimento desta demanda “, diz sentença da última segunda-feira da juíza Juliana Amato Marzagão, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O carro chegou a ser apreendido na Casa da Dinda no ano passado em uma das fases da Operação Lava-Jato. Depois, o STF (Supremo Tribunal Federal) acabou autorizando a devolução do carro a Collor, que passou a figurar como fiel depositário do veículo. Por isso, o banco Bradesco chegou a pedir no mês passado ao órgão autorização para apreender o veículo.
A tentativa do banco de recuperar a garantia do empréstimo começou em setembro deste ano. Collor, segundo o processo judicial, deixou de pagar parte das parcelas mensais de R$ 39,3 mil do financiamento do carro. No total, ele pegou, via Água Branca, um financiamento de R$ 1,6 milhão com o Bradesco, equivalente a 50% do valor do carro. Pela ação proposta pelo banco, ele ainda devia cerca de R$ 1,2 milhão do empréstimo.