RIO – A China colocou em órbita nesta segunda-feira dois astronautas que seguem para o segundo laboratório espacial do país, a quase 400 km de altitude, anunciou a agência estatal Xinhua.
Os dois astronautas, Jing Haipeng e Chen Dong, decolaram da base de Jiuquan, no deserto de Gobi (no noroeste do país), a bordo da nave Shenzhou-11.
O presidente chinês Xi Jinping enviou uma mensagem de felicitações à tripulação.
Os dois devem chegar em 48 horas ao segundo laboratório espacial chinês, Tiangong-2, inaugurado no mês passado com o objetivo de preparar o caminho, em um prazo de seis anos, para uma estação espacial tripulada.
Os astronautas passarão 30 dias no laboratório espacial antes de retornar para a Terra, de acordo com a Xinhua.
Os dois “taikonautas”, como os chineses chamam seus astronautas, devem realizar experimentos de medicina, biologia, física, tempestades solares, além do reparo de equipamentos.
A conquista espacial, coordenada pelo Estado-Maior militar, é considerada na China um símbolo da nova potência do país proporcionada pelo Partido Comunista. Pequim investe bilhões de dólares nos programas espaciais para tentar chegar ao mesmo nível dos Estados Unidos e da Europa.
A China almeja uma estação espacial tripulada em 2022, quando deixará de funcionar a Estação Espacial Internacional (ISS).
De modo paralelo, Pequim sonha em enviar um homem à Lua. Em dezembro de 2013, a sonda chinesa Chang’e-3 fez uma alunissagem e desembarcou na superfície lunar o veículo teleguiado batizado “Coelho de jade”, uma missão considerada um “sucesso” pelo governo.
O veículo lunar passou por um problema mecânico que o deixou em longas fases de “coma”.
Pequim também ambiciona lançar uma nave espacial ao redor de Marte até 2020, antes de enviar um veículo teleguiado ao planeta vermelho.