Cotidiano

Chavismo entra com processo no Supremo contra coleta de assinaturas para referendo

CARACAS — Um grupo de líderes políticos chavistas apresentou nesta segunda-feira uma queixa ao Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela por suposta fraude na coleta de assinaturas a favor da realização de um referendo revogatório do mandato de Nicolás Maduro. A ação veio dois dias depois de o presidente advertir que entraria com uma medida judicial contra o processo.

O Conselho Nacional Eleitoral declarou na semana passada válidas 1.352.052 assinaturas e invalidou outras 605.727, afirmando que apresentavam problemas na coleta de dados, como impressão digital e cédulas de identidade inexistentes ou de pessoas mortas.

O prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez, afirmou que isso poderia levar a processos contra membros da Mesa de Unidade Popular, coligação opositora por usurpação de identidade. Entre as pessoas que tiveram a assinatura invalidada está o governador de Miranda, Henrique Caprilles — o que despertou acusações da oposição.

A MUD corre contra o tempo para que o referendo seja realizado este ano. Se o “sim” ganhar, Maduro deixaria o cargo e novas eleições seriam realizadas. Mas se o referendo só for organizado no próximo ano e o presidente tiver que deixar o cargo, seu vice assumiria.