BRASÍLIA – As maiores centrais sindicais pediram ao presidente Michel Temer que a reforma trabalhista tramite no Congresso Nacional sem urgência. Em reunião nesta terça-feira com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), Temer recebeu carta de sindicalistas e se mostrou aberto a acatar a sugestão, segundo o parlamentar.
O argumento dos sindicalistas é que é necessário mais tempo para debater a reforma, uma vez que a reforma da Previdência também já foi enviada à Câmara. A carta é assinada pelas centrais CUT, UGT, Nova Central, CSB, CTB e Força Sindical. O grupo pede tramitação regular para que não haja “açodamento” na reforma trabalhista, e ressaltam que poderá haver mudanças consideráveis para os trabalhadores, empresas e na economia nacional.
Paulinho da Força aproveitou o encontro para buscar amenizar os termos da reforma previdenciária: em vez de idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres, como quer o governo, Paulinho propôs a Temer 60 anos para homens e 58 anos para mulheres. Temer argumentou que precisa discutir o assunto com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que está na Suíça, no Fórum Mundial de Davos, na Suíça. Nesta segunda-feira, o presidente declarou que a idade mínima da aposentadoria na reforma seria “inegociável”, posição reafirmada por Meirelles.