Cascavel – Com as temperaturas mais baixas, a maioria das pessoas opta por alimentos quentes e diminui o consumo de verduras, legumes e algumas frutas. Esta mudança de hábitos já reflete nas vendas de hortifrutigranjeiros na Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná S/A) em Cascavel.
Apesar de o inverno ainda não ter começado, as últimas semanas têm sido típicas da estação e empresários sentem o impacto da queda de 30% nas negociações com os supermercados. As hortaliças são pouco procuradas. Embora o frio prejudique em parte a produção, percebemos que a população já está consumindo menos, comenta o gerente de uma das empresas permissionadas na Ceasa, Fábio Tomé.
Quem não deixa faltar alface, couve, rúcula, entre outras verduras nas refeições, precisa pagar um pouco mais para garantir a salada. As folhagens costumam ficar um pouco mais caras e neste ano já registramos uma média de 10% de aumento nos preços, afirma Tomé.
Em contrapartida, se há queda na procura por verduras, para os alimentos destinados às sopas têm aumento. Cenoura, abóboras, beterraba, batata doce e o pinhão são os mais vendidos, ressalta o gerente Celso Silva.
O maior volume dos legumes vem de fora do Paraná e é produzido, sobretudo, em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
As frutas com caroço são substituídas pelas da estação. Enquanto a maçã e o pêssego, por exemplo, são vendidos em menor quantidade, os comerciantes tentam equilibrar o orçamento com frutas cítricas. Poncã e mexerica têm mais saída, as demais variedades são reforçadas a partir de setembro, explica o gerente Celso da Silva.
As duas frutas também chegam em maior quantidade de outros estados.