RIO – A grife americana Calvin Klein foi acusada de ser machista e fazer apologia ao assédio por usuários do Instagram. A polêmica começou depois da divulgação de uma foto tirada por baixo da saia de uma modelo, com aparência infantil.
Na página do fotógrafo Harley Weir muitas pessoas disseram que uma perpetuação da “cultura do estupro”, insistindo que o shooting normaliza o assédio sexual e remete à objetificação do corpo feminino.
Klara Kristin, modelo e atriz que posou para a campanha, de 23 anos, publicou a foto em seu perfil e defendeu a obra.
“Eu amo este retrato que o Harley Weir fez. Toda essa discussão me faz pensar que os alienados em relação ao corpo feminino são os que se assustaram com a foto. Ame a si mesmo e a sua sexualidade”, escreveu a dinamarquesa.
Heidi Zak, diretor executivo da empresa de lingerie ThirdLove, disse ao “The Iindependent” que o anúncio é “ultrapassado”.
– Não estamos mais nos anos 1990. Não dá mais para continuar fazendo propagandas provocantes e super sexualizadas com mulheres aparentando adolescentes.
Não é a primeira vez que a Calvin Klein provoca tumulto com uma campanha. Imagens da atriz Brooke Shields, aos 15 anos, perguntando: “quer saber o que está entre mim e minha Calvin? Nada!” causou uma tempestade na mídia em 1981, e a marca foi acusada de sexualizar uma criança.
Em 1992, fotos de Kate Moss de topless sentada no colo do modelo e ator Mark Wahlberg foi alvo das mesmas críticas, mesmo Kate tendo, na época, 18 anos.