RIO – A defesa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) pediu ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, para o cliente não comparecer às audiências dos dias 15 e 17, em que serão ouvidas testemunhas do processo oriundo da Operação Calicute. Os réus não são obrigados a participar das oitivas, mas têm que estar representados pelos advogados.
A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo já havia pedido dispensa dos depoimentos. Ela está presa desde dezembro na ala feminina de Bangu 8. Já Cabral está na ala masculina desde novembro do ano passado.
Já haviam pedido para não comparecer às audiências o ex-secretário de Obras Hudson Braga, além de Wagner Garcia e José Orlando Rabelo, apontados como operadores do esquema. O ex-secretário de Governo Wilson Carlos, que está preso em Curitiba, também fez pedido para não participar por videoconferência.
O juiz Marcelo Bretas marcou as audiências da operação Calicute para os dias 15 e 17 de março. No dia 15, às 9h, serão ouvidos os três delatores e Joa?o Marcos de Almeida da Fonseca, também da Andrade Gutierrez. Às 13h, será a oitiva de Rafael de Azevedo Campello, gerente comercial da Andrade Gutierrez que aderiu ao acordo de leniência celebrado com o MPF.
No dia 17, serão ouvidas Michele Thomaz Pinto, ex-funcionária do escritório de Adriana Ancelmo; So?nia Ferreira Baptista e Luciana Rodrigues da Silva, ex-secretárias de Cabral, além de outras testemunhas.