Cotidiano

Bebês prematuros e pós-maturos podem ter pior desempenho na escola

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RIO – Nascimentos prematuros e pós-maturos podem levar a uma piora no desempenho acadêmico a longo prazo, indica uma pesquisa publicada nesta semana no periódico científico ?International Journal of Epidemiology?. O estudo cruzou dados sobre o nascimento de 2 milhões de suecos entre 1973 e 1994 com indicadores de desempenho escolar.

O risco de problemas cognitivos e de desenvolvimento em crianças prematuras já é consolidado na ciência, mas pouco se sabe sobre o que acontece com os bebês que nascem acima do período gestacional considerado como normal. O estudo, entitulado “Gestational age at birth and academic performance: a population-based cohort study”, considerou também a influência das variações do peso no desempenho escolar, avaliado quando as crianças nascidas em uma ampla escala de tempo de gestação (entre 22 a 45 semanas) tinham 16 anos, após concluir o ensino médio.

No período estudado, 9,4% dos nascimentos na Suécia foram pós-termo, e 4,6%, pré-termo. Prematuros tardios (3,6%) apresentaram maior propensão a serem expostos a complicações no parto.

Em uma escala de 240 pontos, os bebês que nasceram extramemente prematuros (com apenas 24 semanas de gestação completas) tiveram 21 pontos a menos que a média; já os nascidos extremamente pós-maturos (com 45 semanas completas) tiveram menos 8 pontos. No entanto, crianças com nascimentos induzidos pós-termo não tiveram uma perfomance escolar afetada.

Considerando o peso das crianças nascidas, aquelas que tiveram um fraco desenvolvimento fetal também apresentaram piores desenvolvimentos acadêmicos, independente do período gestacional.

Quando comparados os dados para irmãos, a diferença no desempenho escolar foi menos gritante, o que indica a influência de outros fatores famliares no desenvolvimento das crianças ? como uma baixa nutrição da mãe, o fumo durante a gestação e a obesidade materna.

? Resultados menos favoráveis entre bebês pós-termo com baixo crescimento fetal sugerem que a insuficiência placentária pode tornar-se particularmente tóxica para o desenvolvimento neurológico, quanto mais longa seja a gravidez ? aponta o autor líder do estudo, Hein Heuvelman.