RIO ? Deu dobradinha da Editora 34 na primeira edição do Prêmio Rio de Literatura.
A escritora paulistana Beatriz Bracher venceu a categoria Ficção, com o romance
?Anatomia do paraíso?, e o historiador e crítico de literatura Antonio Arnoni
Prado, também de São Paulo, a categoria Ensaio, com ?Dois letrados e o Brasil
nação?. Cada um deles receberá R$ 100 mil. Beatriz é uma das fundadoras da
editora criada em 1992.
Parceria entre a Fundação
Cesgranrio e a Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, o Prêmio Rio
de Literatura foi criado em outubro de 2015. Trinta e cindo editoras do país
inscreveram 410 livros nas duas categorias (ficção e ensaio) de Melhor Obra
Publicada, e 197 autores disputaram com textos inéditos a modalidade Melhor Novo
Autor Fluminense. Quem ganhou esta modalidade foi Izabela Guerra Leal, com o
livro ?A intrusa?. Ela receberá R$ 10 mil e uma edição de mil exemplares de seu
texto. O júri, integrado por, entre outros, Antonio Carlos Secchin e Heloisa
Buarque de Hollanda, considerou que a qualidade das obras inéditas superou as
expectativas. Por isso, decidiu conceder uma menção honrosa nessa categoria,
para Clara Ferrer, por ?Amores monstruosos?. Ela vai ganhar 500 exemplares de
sua obra.
AMOR E LITERATURA
O romance premiado de Beatriz
Bracher foi apontado pela equipe do Segundo Caderno como um dos dez melhores
publicados no país em 2015. Ele investiga o desejo, a inocência e os conflitos
entre homem e mulher a partir da relação amorosa entre um jovem estudante de
literatura obcecado pelo clássico ?Paraíso perdido?, do inglês John Milton, e
sua vizinha em um prédio de Copacabana. Já o ensaio de Arnoni Prado analisa as
trajetórias dos críticos e historiadores Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) e
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) para apresentar suas concepções
diametralmente opostas de história, cultura e nação.
A cerimônia de premiação será realizada no dia 11 de julho, na sede da
Fundação Cesgranrio, no Rio Comprido.