RIO ? O balanço econômico-financeiro de 2016 da Unimed-Rio foi aprovado nesta terça-feira, por ampla maioria dos 735 cooperados presentes à Assembleia Geral Ordinária da cooperativa. A quase totalidade dos cooperados, no entanto, reprovou a gestão da antiga diretoria, sob a presidência de Celso Barros, que compreendeu o período de 1 de janeiro de 2016 a 29 de julho de 2016. Já a gestão da nova diretoria, referente ao período de 30 de julho de 2016 a 31 de dezembro de 2016, foi aprovada pela maior parte dos cooperados que compareceram à Assembleia.
A aprovação destes pontos por um número expressivo de cooperados foi fundamental para que a Unimed-Rio continue sua caminhada pelo reequilíbrio econômico-financeiro, com a participação ativa dos sócios. Sob direção fiscal da ANS há mais de dois anos e sob risco de ser liquidada, a cooperativa trabalha para reequilibrar as finanças e manter suas operações. Em outubro no ano passado, contratou o banco Santander como assistente financeiro para atuar na captação de interessados em adquirir ativos da operadora, como hospital e postos de atendimento, por exemplo, para reduzir o endividamento.
E na semana passada, a Unimed-Rio ganhou fôlego por mais um ano. Após nove horas de reunião na última quarta-feira, a cooperativa conseguiu revalidar o Termo de Compromisso firmado com Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministérios Públicos federais e estaduais e Defensoria Pública para a sua recuperação financeira, conforme antecipou o blog do colunista Ancelmo Gois. Com isso, fica garantido o atendimento dos cerca de 700 mil beneficiários da Unimed-Rio. O acordo, com prazo indeterminado, ganhou novos critérios de avaliação financeira e prazo de um ano para a cooperativa cumprir as metas.
Segundo fontes próximas à negociação, chegou-se à conclusão que o prazo de 90 dias para demonstração de melhora financeira não era suficiente. O prazo vencia este mês. E a situação financeira da cooperativa carioca não mostrou grandes alterações desde que o termo foi firmado, em dezembro de 2016, dizem as fontes. Por isso, o acordo só foi possível graças principalmente ao apoio do Sistema Unimed, que reúne as outras cooperativas, e dos prestadores de serviços (hospitais e clínicas de diagnóstico).
As metas financeiras mais claras do novo termo de compromisso, visando à recuperação financeira da empresa, serão acompanhadas periodicamente pelos órgãos públicos. A ANS marcou uma revisão do plano de saneamento da cooperativa em 12 meses. O que não muda é a obrigatoriedade de compra integral da carteira da Unimed-Rio pela Unimed Seguros, caso seja necessária a alienação compulsória.