Já imaginou uma aula de Libras (Língua Brasileira de Sinais) sem intérprete? Por mais incrível que parece, é essa a realidade dos acadêmicos do curso de Pedagogia da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) de Cascavel.
Segundo a estudante do segundo ano de Pedagogia, Diécilly Franscini dos Santos, o problema ocorre desde o dia 16 de agosto de 2017, logo quando as turmas voltaram do recesso escolar. “Tanto os alunos da manhã quanto da noite estão sem intérprete de Libras. A disciplina é obrigatória na grade curricular do curso e a falta desse agente universitário vai atrasar a nossa formação em pelo menos seis meses”, lamenta a acadêmica.
Os estudantes cobram o Governo do Paraná para que sejam abertos vagas e concurso público a este profissional. Segundo os estudantes, “a Unioeste já fez o que podia para ajudar neste caso. Agora, nos resta cobrar o governo estadual”, afirmam.
Abaixo-assinado
O Diretório Central dos Estudantes e o Centro Acadêmico de Pedagogia da Unioeste de Cascavel vão entregar ao reitor Paulo Sérgio Wolff, o Cascá, um abaixo-assinado na tentativa de exigir a abertura de processo seletivo para intérprete de Libras. No documento, pedem ainda que “estabeleça diálogo efetivo com o Governo do Paraná” para que haja a contratação de profissionais.
“Precisamos ter aula, queremos ter aula, estamos na universidade para isso, e mesmo assim não conseguimos”, diz a estudante.
Mais uma baixa no fim do mês
Em breve, o único intérprete da turma da noite de Pedagogia vai sair. Isso porque o profissional foi aprovado em concurso público fora da instituição e assume o cargo já no próximo mês. “No fim do mês ele já sai da Unioeste e aí a turma vai ficar sem [intérprete]”, comenta Diécilly.
O que diz a Unioeste
Por meio de sua assessoria de imprensa, o reitor Cascá disse que, no momento, não vai se pronunciar.