A precarização dos serviços e a possibilidade de privatização dos Correios serão debatidos nesta segunda-feira, às 18h, em audiência pública proposta pelo deputado cascavelense Marcio Pacheco e que será realizada no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.
Foram convidados a participar dos debates representantes de diversos setores da sociedade, sindicatos de trabalhadores, câmaras, prefeituras e outras entidades afins, além de diretores dos Correios.
Pacheco está engajado na luta dos servidores da estatal, que andam preocupados com a situação da empresa, cuja saúde financeira está altamente comprometida. Em 2016, o prejuízo divulgado foi de R$ 2,2 bilhões – desses, R$ 1,6 bilhão seria fruto de alocação de recursos para o plano de saúde dos servidores.
O deputado, que em março em conjunto com o vereador Olavo Santos uma audiência pública na Câmara de Cascavel, diz que ainda aguarda um posicionamento oficial da estatal sobre os problemas apontados.
“Agora, faremos essa audiência na Assembleia para ampliar a discussão sobre os Correios em todo o Estado. Vamos debater a precarização dos serviços e do atendimento prestado, bem como os reflexos dessa realidade aos trabalhadores e à população”, diz Pacheco.
MÁ GESTÃO
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná, Marcos Rogério Inocêncio, a audiência pública de amanhã será mais uma oportunidade para discutir a situação da empresa e dos funcionários. “Sabemos que existe uma insatisfação da sociedade em relação aos Correios, porque a correspondência está chegando atrasada, mas a culpa não é dos funcionários, mas da má gestão da empresa”, afirma China.
FECHAMENTO DE AGÊNCIAS
Para fazer frente à maior crise financeira de sua história, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, fundada em 1663, pretende fechar 250 agências em todo o Brasil. No Paraná, onde há mais de 6,3 mil funcionários, há previsão para fechamento de mais de 40 unidades.