Marselha, FRANÇA – Dois suspeitos de sequestrar, agredir e estuprar um ativista gay por dois dias, na cidade de Marselha, na França, foram indiciados pelos crimes, na última sexta-feira. O argelino Zak Ostmane, de 35 anos, que saiu de sua terra natal há três para fugir de ataques homofóbicos, sofreu diversos ferimentos pelo corpo durante o ataque. A vítima é um dos fundadores da ONG “Shams – France”, que atua em defesa da população LGBT refugiada em território francês. Por nota, a organização classificou o ocorrido com um ato “bárbaro”.
Segundo Ostmane, no último dia 3, ele estava em uma bar consumindo bebidas alcoólicas na companhia de amigos, quando começou a se sentir mal. Ele contou que, então, foi levado pelos suspeitos até um hotel da região, onde ele foi mantido refém por dois dias. Durante o cativeiro, o ativista relatou que foi agredido, roubado e estuprado pelos homens.
Ostmane conta que, pela janela do hotel, ele consegiu gritar por ajuda. Policiais que estavam em uma viatura ouviram os pedidos de socorro e correram para resgatá-lo. Os suspeitos acabaram presos.
Na última quinta-feira, por meio de uma publicação em uma rede social, a ONG “Shams – France” se manifestou sobre o caso, que classificou como “ato bárbaro e abjeto”.
Uma investigação criminal foi aberta para apurar o caso. Os suspeitos, que seriam dois ex-militares, foram acusados pelo crimes de estupro, sequestro, roubo, violência e extorsão. Ambos estão em prisão preventiva. As identidades deles não foram divulgadas.
Ostmane, que chegou a ser hospitalizado, se recupera dos ferimentos.