TEL AVIV ? A Agência de Segurança de Israel (Shin Bet) afirmou nesta segunda-feira que os dois terroristas por trás do tiroteio em um shopping aberto de Tel Aviv se inspiraram nas ações do Estado Islâmico (EI). No entanto, as autoridades disseram que os primos palestinos Khaled Mohammed Mahamra e Mohammed Ahmad Mahamra, da cidade de Yatta, cometeram o ataque sozinhos, sem jurar fidelidade aos jihadistas ou receber qualquer instrução dos combatentes extremistas. O episódio deixou quatro pessoas mortas e sete feridos em um popular mercado que reúne lojas e restaurantes. israel
Um terceiro suspeito, Yunis Zayn foi preso por cumplicidade com o plano dos primos. Ele teria ajudado na preparação do ataque e guardado as armas usadas no atentado. Os atiradores o convenceram de não participar da ação argumentando que as suas dívidas acumuladas anulariam o seu martírio.
De acordo com o Shin Bet, Mohammed Mahamra estudou na Jordânia e era um apoiador do Estado Islâmico. Já o seu primo, Khaled Mahamra, havia sido profundamente traumatizado pela demolição da sua casa quando ele estava na infância.
No dia do ataque, os três envolvidos tiraram uma fotografia com uma bandeira do Estado Islâmico. A Agência de Segurança ainda disse que o plano original dos terroristas era atacar um trem, mas eles mudaram de ideia ao perceberem que havia muitos agentes de seguranças no local.
Segundo a acusação, os primos planejaram o ataque como uma forma de vingança contra Israel no nome do Estado Islâmico. Eles teriam decidido em ir a frente com a ação após o incêndio criminoso que resultou em mortes na casa de uma família palestina de Duma. Após os ataques, os seus parentes disseram que eles não eram membros oficiais do Hamas, mas foram influenciados pela sua mensagem e por outras pessoas da família associadas ao grupo.