O Hemocentro realizou ontem, no auditório da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, capacitação para otimizar atendimentos aos pacientes com coagulopatias graves, especialmente os hemofílicos. Profissionais da saúde participaram do evento e aprenderam mais sobre a doença e como garantir qualidade de vida a este grupo.
Conforme o diretor do Hemocentro, Antonio Carlos Michels de Oliveira, a unidade atende hoje 83 hemofílicos, vindos das regionais de Toledo, Francisco Beltrão, Pato Branco e também de Cascavel. Todos recebem gratuitamente os fatores de coagulação, medicamentos utilizados no tratamento da doença, disponibilizados pelo Ministério da Saúde. “Temos o ambulatório com médico hematologista responsável que faz todo o acompanhamento”, relata.
Quando chegam ao Hemocentro, os pacientes com diagnóstico positivo para alguma coagulopatia são devidamente cadastrados para que possam ser medicados. Hoje, segundo Oliveira, não há fila de espera para este tipo de atendimento. “A partir do diagnóstico o paciente começa a ser tratado imediatamente”, garante.
Como identificar
A hemofilia, uma das coagulopatias mais severas, é uma doença genética e hereditária, e causa alterações na coagulação do sangue, provocando sintomas como manchas roxas na pele, inchaço e dor nas articulações, sangramentos espontâneos, sem razão aparente (gengiva ou nariz, por exemplo), hemorragias difíceis de parar após simples corte ou cirurgia, e nas mulheres, menstruação excessiva e prolongada.
Oliveira orienta que assim que identificado qualquer sintoma, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, onde será feito encaminhamento ao especialista. É só depois de todo este processo que o paciente segue para o Hemocentro.