BRASÍLIA – Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) concordaram na última reunião, que manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, que houve melhora perceptível do cenário macroeconômico e que indicadores recentes mostram perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo.
Essa perspectiva é corroborada pela melhora de alguns indicadores prospectivos da atividade econômica. Em relação à inflação, os membros do Comitê também concordaram que houve progressos. Entretanto, a desinflação em curso tem procedido em velocidade aquém da almejada. Há perspectiva de progresso nesta dimensão, corroborada pela queda de medidas das expectativas de inflação para 2017 e 2018.
Na semana passada ? no comunicado divulgado após a reunião do Copom ?, o BC passou a falar claramente os motivos que levaram à decisão. Elencou riscos para a economia e responsabilidades do governo atual. Num texto muito maior e mais detalhado do que de costume, a diretoria do BC explicou que a inflação está acima do esperado no curto prazo por causa da alta de alimentos. Permanecem incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários. E ainda lembrou que houve um período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da meta que reforça a inércia na remarcação de preços e retarda o processo de desinflação.
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