BUENOS AIRES – O governo argentino decidiu nesta quinta-feira limitar o forte aumento de tarifas de gás e eletricidade que havia implementado este ano para reduzir o déficit fiscal do país, após protestos sociais e de empresas que alegam que não podem pagar os serviços. O governo não informou qual será o custo fiscal da medida.
Após reunião com governadores de todo o país nesta quinta-feira, o governo decidiu limitar a 400% os aumentos nas tarifas de gás para consumidores privados e 500% para empresas pequenas, hotéis e lojas. No caso do setor elétrico, haverá subsídios para algumas províncias e empresas.
Como parte do projeto para equilibrar as contas estatais, atrair investimentos e reduzir a inflação, o governo de Mauricio Macri havia eliminado este ano amplos subsídios ao setor energético concedidos pela gestão anterior de Cristina Kirchner. A decisão, no entanto, provocou reações de consumidores e empresários, que em alguns casos se depararam com altas superiores a 1.000%, segundo veículos de comunicação locais.
?As medidas que concordamos com os governadores tendem a levar tranquilidade à população e gerar as condições para recuperar a oferta energética na Argentina?, indicou o ministro de Energia, Juan José Aranguren, em comunicado.