Em vigor desde o dia 15 deste mês, o vazio sanitário da soja contará com uma fiscalização em campo mais acirrada feita pelos fiscais da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) a partir desta semana. Os técnicos vão a campo para saber onde há cultivo de soja, voluntária ou involuntária, para notificar os proprietários das áreas e lhes aplicar multas.
O técnico Alberto Carniel afirma que neste ano ainda não foram localizadas plantas em desenvolvimento nesta fase proibitiva, mas onde elas forem localizadas a multa inicial vai variar de R$ 500 a R$ 5,5 mil, mais a obrigatoriedade da remoção das lavouras em dez dias. Se isso não ocorrer ou houver reincidência, a multa pode ultrapassar os R$ 8 mil por área.
No ano passado, no Núcleo Regional de Cascavel, que compreende 28 municípios, foram feitas 30 notificações seguidas por multa. O vazio sanitário se encerra no dia 15 de setembro, quando estará liberado o cultivo da oleaginosa.
FERRUGEM
O vazio sanitário da soja tem como objetivo eliminar todas as plantas voluntárias ou involuntárias em um período de 90 dias durante o inverno (15 de junho a 15 de setembro). Este período é crucial para a hospedagem do fungo da ferrugem asiática nas plantas. O fungo pode se alastrar de plantação em plantação com facilidade e pelo vento pode dizimar lavouras inteiras. O controle da doença implica, inclusive, na redução de aplicações de fungicida.
Quem tiver informação sobre o cultivo da soja nesse período pode fazer denúncias na Adapar, pelo telefone (45) 2101-4998.
Juliet Manfrin