Natália Miranda, 64 anos, é uma das poucas pessoas que ainda estão alojadas no Ginásio do Bairro São Cristóvão. Avó de dois netos, ela conta os dias para deixar o local e conseguir a casa própria.
“Não é fácil viver por seis meses aqui. Pensei que idosos tivessem prioridade para a mudança, mas não foi isso que ocorreu”, lamenta.
São oito famílias que esperam a transferência ao Bairro Turisparque em Cascavel e a informação repassada a elas é de que dentro de 15 dias poderão fazer a mudança.
No Bairro Santa felicidade ao todo foram transferidas 19 famílias que antes do ginásio viviam na área do Jardim Gramado onde ocorreu reintegração de posse.
Preocupação
Fabrício dos Santos Pereira é pai de Ruan de 18 anos, cadeirante. A preocupação dele é com as condições da moradia para onde passará a viver com a família.
“Escolheram uma casa aos fundos de terreno e teremos dificuldades para andar com a cadeira de rodas na terra”, comenta o pai.
Ele questiona a forma de sorteio de casas e do impasse de famílias que não têm direito às moradias. “Há exemplo de morador que conseguiu casa no Riviera e também quer ganhar casa da prefeitura”, afirma Pereira.