O ano ainda não acabou e um momento importante para o consumo, o melhor deles, na verdade, ainda está por vir: as festas de fim de ano. A indústria e o varejo trabalham firme para este período depois de um 2018 que não saiu como o esperado. O crescimento projeto por economistas de que o Brasil poderia avançar seu PIB (Produto Interno Bruto) de 2,8% a 3% não vai se confirmar forçado imediatamente por complicações atípicas.
Na região, o foco desse problema está no fechamento de mercados após problemas tornados públicos em frigoríficos a partir da Operação Carne Fraca e a greve dos caminhoneiros que ainda traz reflexos iminentes ao setor produtivo.
Os empregos em baixa na região até metade do ano enfim começaram a reagir, com os melhores meses de julho e agosto dos últimos anos.
E, apesar de todos os pontos desfavoráveis, as cooperativas do agronegócio no oeste deverão fechar 2018 com um faturamento 10% maior que o registrado no ano passado. A avaliação é do Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).
O gerente técnico e econômico do Sistema, Flávio Turra, destaca que, apesar desse importante avanço, resultado de um trabalho já consolidado e de credibilidade com o mercado interno e externo, o saldo em caixa não deverá fechar com elevação de 10% no chamado faturamento líquido. “Vamos avançar 10% de aumento no faturamento bruto, mas as margens estão cada vez mais espremidas, estamos trabalhando cada vez com margens menores e o resultado deverá ter esse impacto também”, reforça.
Mesmo assim, as projeções indicam que, se o faturamento das cooperativas do agronegócio da região foi de pouco menos de R$ 22,6 bilhões em 2017, neste ano este número deverá ser elevado para a cifra de R$ 25 bilhões. A meta é ousada, mas se caminha bem para o alcance do chamado PCR100 (Paraná Cooperativo 100). A meta é chegar, até o fim de 2021, ou seja, em três anos, com faturamento de R$ 32 bilhões no oeste. Daqui até lá o crescimento precisa ser, considerando já a elevação de 10% neste ano, de 28% no triênio, média pouco inferior de 10% ao ano. elevado, mas possível na avaliação de Turra. “O oeste é uma região onde o cooperativismo se desenvolveu muito ao longo dos últimos anos com grandes investimentos na industrialização dos produtos primários, com agregação de valor à produção e não vai parar por aí. Existem plantas sendo ampliadas e temos a conquista de novos mercados sempre”, reforçou.
Não por acaso o setor cooperativista é a força motriz da economia regional. Em 2017 as cooperativas daqui tinham pouco mais de 54 mil cooperados, número que deverá sofrer alteração, para cima, neste ano, além do número de funcionários, que em 2017 foi de 45,4 mil podendo beirar neste ano nos 50 mil trabalhadores, segmento que mais emprega direta ou indiretamente, considerando os setores da indústria da transformação e o de serviços.