Agronegócio

Agora é oficial: Cães na parceria contra a chegada de doenças

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, assinou nesta semana a Portaria 74, que regulamenta o emprego de cães de detecção de odores (farejadores) nos procedimentos de fiscalização agropecuária. A versatilidade desses animais é considerada grande, já que são capazes de vistoriar também correspondência, cargas, drogas e explosivos. O cão pode trabalhar ao longo do dia, com pequenos intervalos, reconhecendo cerca de 80 tipos de odores diferentes.

Na Portaria 74 fica estabelecido também o CNCD (Centro Nacional de Cães de Detecção), que será construído no Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O centro terá a responsabilidade de treinar os cães de detecção para atuarem nos aeroportos de todo o País. O objetivo é reforçar os mecanismos de controle e fiscalização agropecuária.

Segundo o coordenador-geral do Vigiagro (Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional), Fernando Mendes, “o Ministério Público do Distrito Federal vai doar dez cães para serem treinados e destinados a atuar nos aeroportos do País”.

“É uma forma de reforçar a fiscalização sem impactar as operações dos terminais, pois as bagagens são farejadas antes de caírem nas esteiras dos aeroportos”, explicou Mendes.

O treinamento será feito em grupos de três cães por vez.

Nesta semana foram selecionados os três primeiros cães para serem treinados e atuarem nos aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e em Belém (PA). Em dois anos, todos os cães poderão atuar nessa fiscalização.

Os terminais de Guarulhos e do Galeão foram escolhidos pelo grande movimento de passageiros. E o terminal Júlio Cesar Ribeiro, em Belém, para fazer o controle da entrada de frutas, evitando a disseminação da mosca da carambola.

Os cães também deverão atuar na fiscalização nas fronteiras dos estados que iniciarem a retirada da vacinação contra a febre aftosa, a partir do próximo ano: Acre, Rondonia e também no Paraná, para monitorar a entrada de produtos de origem animal e evitar a entrada da febre aftosa no País.