Agronegócio

​Governo investe em parcerias e tecnologia na agricultura, afirma secretário

Em evento online do Banco do Brasil, secretário da Agricultura falou sobre modernização do setor, mecanização, energia renovável e sobre o futuro da agropecuária paranaense e brasileira

​Governo investe em parcerias e tecnologia na agricultura, afirma secretário

O Governo do Paraná continuará a investir no setor agropecuário, oferecendo condições mais favoráveis aos produtores, da mesma forma que trabalha no convencimento do governo federal para aumentar os recursos do Plano Safra e no aprimoramento de parcerias com a iniciativa privada. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, em evento online promovido pelo Banco do Brasil nesta segunda-feira (29).

Ortigara destacou que qualquer empreendimento, principalmente no setor agrícola, que é praticado preponderantemente em ambiente natural, exposto a mais riscos, precisa passar por um planejamento adequado. Por isso, há necessidade de cuidados com o solo, na aquisição de insumos e sementes de boa qualidade, na aplicação de fertilizantes adequados ao solo e no respeito às normas de riscos climáticos e manejo de pragas e doenças.

No evento, que tinha como tema a modernização de máquinas e as energias renováveis, o secretário ressaltou que o Brasil oferece crédito para o financiamento de equipamentos cada vez mais tecnológicos. “Em que pese a pandemia, há um apetite muito importante no meio rural por investimento, o que é bom para a economia e para o futuro”, disse. “Temos todas as condições técnicas e econômicas, além de conhecimento, para fazer sempre do agro o nosso negócio porque o agro é o nosso negócio”.

ENERGIA RENOVÁVEL – Sobre as energias renováveis, segundo o secretário, 80% da matriz energética brasileira está centrada no modelo hidrelétrico. A biomassa responde por 8%. O restante está dividido entre queima de lenha, biogás, solar fotovoltaica, entre outras. O Paraná, mesmo sendo o principal produtor de energia elétrica do Brasil, ainda consome entre 12% a 15% de óleo diesel no meio rural.

Segundo Ortigara, há vários apelos internacionais, além de compromissos formais pela redução de emissões de CO², o que reforça a necessidade de alternativas de matrizes. A isso se somam as previsões de encerramento de subsídios federais e estaduais ao uso de energia não renováveis.

“Parece racional e inadiável o aproveitamento do sol e da biomassa para produção de energia”, disse Ortigara. “Trata-se de transformar o grande passivo ambiental em ativo econômico e capacidade de geração de emprego”.

RESPOSTA RÁPIDA – O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla, falou da importância da agricultura familiar, que está presente em 228 mil das 305 mil propriedades rurais do Paraná. Para ele, a modernização é o caminho para a manutenção das famílias na atividade.

“A agricultura vai dar a resposta rápida que o Brasil precisa. A modernização não vai só melhorar a qualidade da agricultura, mas tornar mais rentável para quem está na atividade e, no momento em que a pandemia afeta fortemente, investir na agricultura é desenvolver o campo, o interior do Brasil e do Paraná, e garantir segurança alimentar”, complementou.