Policial

Maio Amarelo: Cascavel já registrou 11 mortes por atropelamento

No comparativo com o mesmo período do ano passado, casos cresceram quase 60%

Nas redes sociais as reclamações são constantes: é muito radar; quanto semáforo; mas segurando o volante, muitas vezes, está um condutor infrator. Já nas ruas, muitos pedestres têm o costume de dizer: “O motorista não respeita”. Enquanto isso, a “corridinha” no meio da rua, onde inclusive há faixa de pedestre, já virou rotina. Isso sem falar no uso do celular enquanto caminha, principalmente com a expansão do WhatsApp, Facebook, entre outras redes sociais. Há ainda o desrespeito à velocidade e também das preferenciais, que são causa de 90% dos acidentes em Cascavel.

E são justamente esses deslizes por parte dos usuários do trânsito em Cascavel que deu ao município uma estatística nada positiva neste ano. O número de pessoas mortas por atropelamento em 2017, até ontem, já chegava a 11. O quantitativo assusta ainda mais quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando sete pessoas haviam perdido a vida nas ruas e rodovias da cidade, também vítimas de atropelamentos. Com isso, o ano de 2017 apresenta, até o momento, crescimento de quase 60% nesse tipo de causa de morte.

Uma dessas vítimas fatais foi Reginaldo Pereira Cort, de 56 anos. Reginaldo saía da igreja no domingo pela manhã, Dia das Mães, na Paróquia Santo Antônio e, ao atravessar a Avenida Brasil, foi atingido em cheio por um Vectra. Reginaldo morreu na hora e o condutor, identificado pela polícia como Rafael da Silva, de 28 anos, fugiu sem prestar socorro.

Testemunhas contaram que o carro estava em alta velocidade e que poderia estar disputando um racha com outro veículo, um Renault Clio. O condutor foi ouvido pela polícia, que trabalha agora para saber se os dois carros participavam ou não da competição ilícita.

Na segunda-feira, Rafael foi até a 15ª SDP (Subdivisão Policial) prestar depoimento. À polícia ele disse estar a 60 km/h, limite da pista, e que ao ver uma mulher tentando atravessar a avenida, reduziu a velocidade. Ele disse que não viu Reginaldo – o homem teria aparecido na via repentinamente – e que fugiu com medo de represálias e porque as crianças que estavam no carro com ele, seus filhos, ficaram assustadas e choravam.

Agora, com o auxílio de câmeras de segurança que flagraram o momento da batida e também dos danos causados no Vectra, que foi apreendido e passará por perícia, a polícia vai tentar descobri a velocidade real do carro que atingiu Reginaldo.