A abertura dos inquéritos pelo Supremo Tribunal Federal e o anexo 9 da delação de Joesley Batista levaram aliados de Michel Temer a defender, reservadamente, que o presidente reavalie a posição de não renunciar, anunciada nesta quinta-feira.
Segundo um interlocutor de Temer, diante do agravamento da crise, os principais aliados estão rachados sobre a renúncia.
Uma ala do governo defende que Temer renuncie, abrindo caminho para as eleições indiretas pelo Congresso – como previsto na Constituição.
Outro grupo, capitaneado pelos ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, é contra a renúncia.
Temer está desde cedo com advogados discutindo medidas judiciais contra Joesley Batista.
Com os advogados Antonio Claudio Mariz, Gastão e Gustavo Guedes, Temer analisa como se defender do que está delatado, discute uma petição contra inquérito do ministro Fachin e estuda como processar o empresário da JBS.
Além disso, interlocutores de Temer afirmam que, se o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) assumir que agiu sem aval de Temer, por conta própria, o governo pode ganhar uma sobrevida.
Mas, como admite o próprio assessor, falta combinar com o deputado do PMDB.